quarta-feira, março 22, 2006

A função social das Televisões de Proximidade

No dia 13 de Março, 2ª feira, tivemos o prazer de receber na nossa escola (Escola Superior de Educação da Ualg) para um pequeno colóquio, no âmbito da Semana Aberta 2006, o jornalista da sic e mestre em ciências da comunicação - Pedro Coelho.
Falou-nos da sua proposta para a criação do um modelo alternativo de tv de proximidade que se baseia na identidade, isto é, no reforçar de laços identitários e cujos conteúdos produzidos dentro da comunidade são a ela relativos. Esta é uma missão alternativa voltada para as regiões/comunidades nacionais.
Para si, o jornalismo de proximidade é um espaço crítico e de distancimento objectivo. Assim, neste seu projecto deverá existir a rejeição do poder elitista e de efeitos de proximidade demasiado próxima. O financiamento do Estado para esta proposta seria anónimo e directo e os meios de comunicação social, vigilantes e fiscalizadores do espaço público.
Pedro Coelho acredita que as actuais Televisões são «estruturas luxuosas».
Falou-nos ainda que experiências clandestinas de tv de proximidade nos anos 80 em Portugal tinha grande audiência mas primavam pelo amadorismo e voluntarismo, sendo estruturas alternativas que foram silenciadas.
Pedro pretende com este projecto mostrar a realidade da região e não uma imagem/relato "cor-de-rosa", passando as noticias e depois debates sobre um tema falado. Deste modo, experiências recentes mostraram que tinham tudo para dar certo e eram bons exemplo como a RTP Évora e a Telefrontera.
Este projecto seria uma mais valia para o Estado, segundo Pedro, e permitiria pensar os problemas da própria comunidade, levando ao debate, critica e acção.
As questões colocadas no final a Pedro Coelho forma muitas, surgindo criticas à tv actual no sentido de que poderia já ter posto em prática esta ideia como criar um espaço para as noticias da comuniade ou fazer noticiários mais curtos e mais ricos e interessantes. Colocou-se também a questão de ser em antena aberta ou cabo, a duração dos programas nos canais e os custos para implementar tal projecto, que segundo Pedro seriam custos nada elevados.
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